6 de julho de 2011

O estudo, o aprendizado e o ensino mais uma vez...

Logo que iniciei meus estudos na faculdade de História, descobri também meu amor pelo judaísmo. Foi assim que comecei a estudar hebraico como disciplina optativa.

Como um idioma nunca é apenas um idioma, o estudo do hebraico me fez mergulhar na cultura e história do judaísmo, na tradição e seus símbolos, na literatura e seus significados.

Assim como a criança, ao aprender sua língua-mãe, passa a conhecer, aprofundar-se e dominar o mundo onde vive, o hebraico foi o portal pelo qual passei, (re) descobrindo minha identidade judaica.

A cada aula, não era como se eu estivesse aprendendo coisas novas, mas sim como se eu estivesse relembrando algo há muito escondido na memória.

O judaísmo se tornava mais óbvio, mais claro... Fazia cada vez mais sentido. De uma maneira natural, o estudo se tornou parte do meu dia-a-dia. Inevitavelmente, tornei-me professor de hebraico, história judaica e tradição.

Logo que conheci o rabino Michel Schlesinger, ouvi dele as seguintes palavras: "Se buscarmos estudar algo novo sobre judaísmo a cada dia, mesmo que vivamos 120 anos com muita saúde, não seremos capazes de sermos conhecedores de todos os seus aspectos". Naquele dia decidi que iria estudar, pelo menos, duas coisas novas sobre judaísmo a cada dia.

Gostaria de ter postado cada aprendizado dos últimos anos neste blog, mas não foi possível. Talvez seja a hora do rabino dizer: "se buscarmos blogar cada aprendizado a cada dia..." - afinal, no judaísmo não somente o estudo é uma obrigação, mas também o ensino.

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