19 de janeiro de 2009

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FREQÜENTE OU FREQUENTE?

Na minha última postagem escrevi 'frequente' seguindo a ortografia anterior à mais recente reforma. E por quê?

Simplesmente porque eu amo o trema! Sempre achei uma das mais sacadas acentuações da Língua Portuguesa "doce, maviosa, rica e feiticeira". Sendo assim, aproveito o fato de que a nova grafia só passará a ser obrigatória a partir de 2010, para usar e abusar (oü üsar e abüsar) dos dois pontinhos mais simpáticos do idioma.

Falando em reforma ortográfica, eu não queria ouvir mais nada sobre ela depois da queda do trema. No entanto até que algumas das reformas fazem bastante sentido.

Muita gente diz "ora, mas nós sabemos quando é 'gui' ou 'güi', mesmo sem precisar do trema. Sim, nós sabemos. Mas não aqueles que ainda não conhecem o idioma. Não as futuras gerações que ainda não nasceram. 'Lingüiça' e 'preguiça' são palavras que desde muito cedo fazem parte do universo vocabular das crianças. Mas existem aquelas outras palavras que nós só viemos a conhecer na escola. Neste sentido, ao ler um livro solicitado pela professora, uma criança virá a conhecer o termo 'eloquente' (elokente), entre outros.

É nesse sentido que eu acredito que, em uns 10 ou 20 anos assistiremos a alteração fonética de algumas terminologias. Contudo nenhum idioma hoje é falado como o era há 50 ou 100 anos, muito menos 500 ou 1000. E, segundo a lingüística-com-trema, o caminho de toda língua é sua modificação e simplificação constante. Só não falo com mais propriedade porque, assim como o João Ubaldo Ribeiro, eu não sou lingüista.

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