14 de janeiro de 2013

Andanças



Andando por Pinheiros hoje, Deia e eu, após minha consulta oftálmica,  com a pupila dilatada, passamos pela Praça Benedito Calixto, totalmente diferente num fim de tarde chuvosa de uma segunda-feira qualquer, num mês de janeiro. Deparamo-nos com um espaço interessante, entre sebo, biblioteca e café, com uma atmosfera acolhedora, música agradável e papo delicioso com o Prof. Alberico Rodrigues, que dá seu nome ao ambiente criado por ele, o Espaço Cultural Alberico Rodrigues.
Há um mural dedicado aos grandes escritores da humanidade, que nos legaram suas palavras e capítulos, influenciando a humanidade. No mesmo mural também se encontra uma homenagem aos tantos escritores anônimos, ou desconhecidos, cujos nomes não marcaram a História da Literatura, mas cujas palavras e livros foram inspiração para alguém no mundo.
À entrada do espaço, dois bustos: os dois maiores escritores da Língua Portuguesa (na minha opinião e, aparentemente, também na opinião do prof. Alberico) ladeavam a entrada: Machado de Assis e Luís de Camões. Não pude deixar de registrar este momento, justamente no dia em que estava me aventurando pelo mundo do audiolivro, escutando Os Lusíadas.


Meu olhar camoniano é uma homenagem, não uma simples brincadeira ou tiração de sarro, peço que compreendam, e eu a faço desde que li pela primeira vez um de seus sonetos, ainda na época da escola. No colegial. Onde também conheci Machado de Assis.
O que me leva a uma outra "coincidência" torta: estudei o colegial na Escola Estadual Homero Rubens de Sá, em Guarulhos, carinhosa e simplesmente chamada Homero, para os íntimos frequentadores daquele ambiente que também colaborou para que eu me tornasse quem eu me tornei.
Ao fundo, na cafeteria do Espaço Cultural Alberico Rodrigues, encontrava-se uma homenagem à Odisseia e a Ilíada, através de mais um busto: o de Homero.


Como acredito que nada acontece por acaso, escrevo por aqui mais esta experiência para compartilhá-la com vocês. E recomendo o lugar e um bate-papo sobre História, Literatura, paixão por livros, ou qualquer outro assunto com o patriarca da casa.
Realmente, "a vida é a arte do encontro", como disse o "poetão" Poetinha, o Capitão-do-Mato, Vinicius de Moraes.